1 de fevereiro de 2012

Sambas Enredo Grupo Especial Rio de Janeiro Carnaval 2007



Sambas de Enredo 2007 Grupo EspecialImage Map

Faixas dos Sambas Enredo 2007 Especial do Rio de Janeiro:



1 - VILA ISABEL (4:48)
Sambas de Enredo : Metamorfoses, do Reino Natural à Corte Popular do Carnaval - As Transformações da Vida
 Autores: Evandro Bocão, André Diniz, Serginho 20, Carlinhos Petisco e Professor Wladimir
 Intérprete: Tinga

Vai brilhar minha Vila
Ainda mais linda
Num tempo que faz sonhar
Inspira a luz da ciência
Mantém sua essência
E segue a se transformar...
A mudar sua natureza
Pouco a pouco evoluindo
Imponente feito um humano
Seus passos vão refletindo


Renasce a luz da sabedoria
O homem se lança ao mar
O sonho é fonte dessa energia
E fabricando ilusões, renovar


Quero sempre me superar
Cruzar o céu, poder voar
Remodelar o que Deus criou
Brincando então de criador
A Vila também se modificou
No universo do carnaval
Lindamente desabrochou
E o sonho fez real


Samba não tem preconceito
Brancos, negros, iguais!!!
Um beijo da Vila Isabel... princesa
Metamorfose assim se faz




2 - GRANDE RIO (5:48)
Sambas de Enredo : Caxias, o Caminho do Progresso, o Retrato do Brasil
 Autores: Márcio das Camisas, Professor Elísio, Mariano Araújo e Robson Moratelli
 Intérprete: Wander Pires

Vou falar da minha terra, ô ô
Minha fonte de riqueza
Vou abrir meu coração
E a história do meu chão vou cantar...
Ai que terra boa de plantar
Povo bom de trabalhar, valente, guerreiro
Que capinou, ô ô, foi carvoeiro
Construiu um município cem por cento brasileiro
Depois fabricou motor de avião
E criou um sindicato, modelo de trabalho e união


Quando o Rio de Janeiro era capital
Imigrantes estrangeiros vieram pra cá
E o sonho caxiense se realizou
Foi preciso emancipar, pra melhorar
Foram leis, foram decretos, mas a mão do povo prevaleceu
E na velha estação, um adeus a Meriti, Caxias nasceu


O homem da capa preta, o rei da baixada
Ajudava o nordestino, amigo da criançada
Salve a Igreja do Pilar, nossa crença, nossa fé
Joãozinho da Goméia foi o rei do candomblé


Quero brincar à vontade
Lembrar com saudade a minha raiz
Cair na folia, no grupo de congo...
Quadrilha e calango, eu vou dançar feliz
Na minha refinaria tem combustível para exportação
Eu sou de Caxias, sou pura energia
Suficiente pra alegrar seu coração


Bom de bola, bom de samba, paixão
Com Perácio aprendi a sambar de pé no chão
E com Zeca Pagodinho, deixo a vida me levar
Eu me chamo Grande Rio e qualquer dia chego lá





3 - VIRADOURO (5:25)
 Sambas de Enredo : A Viradouro Vira o Jogo
 Autores: Gusttavo Clarão, Gilberto Gomes, Nando, Pablo Fernandes, P.C. Portugal e Dominguinhos do Estácio
 Intérprete: Dominguinhos do Estácio

Vamos mergulhar nessa jogada
A sorte está lançada
Hoje é o grande dia
No tabuleiro da emoção
Vou apostar na alegria
Pra ganhar seu coração
Meu cassino é fantasia
Vi nas cartas do tarô
O que o destino reservou
Mas se o tempo mudar
Aos búzios eu vou...


E nesse jogo vou amar
Você é a dama do prazer
Um xeque-mate vou te dar
Quero vencer


Faço qualquer coisa
Pra deixar você feliz
De cartas, um castelo
De peças, um país
Essa diversão
É adrenalina em minha vida
A euforia toma conta da avenida
Respiro fundo
No pinball quero brincar
É perceber e desvendar
Quebrar a cabeça pra encontrar
Achar você no meio dessa multidão
Chama que acende um povo
E faz do jogo a paixão


Sou Viradouro e vou cantar
"Com muito orgulho, com muito amor"
Esse jogo vai virar
Eu quero ser o vencedor




4 - MANGUEIRA (6:20)
 Sambas de Enredo : Minha Pátria é minha Língua, Mangueira meu Grande Amor, meu Samba vai ao Lácio Colher a Última Flor
 Autores: Lequinho, Junior Fionda, Aníbal e Amendoim do Samba
 Intérprete: Luizito
 Participação Especial: Alcione homenageando Jamelão

Quem sou eu
Tenho a mais bela maneira de expressar
Sou Mangueira... uma poesia singular
Fui ao Lácio e nos meus versos canto a última flor
Que espalhou por vários continentes
Um manancial de amor
Caravelas ao mar partiram
Por destino encontraram o Brasil...
Nos trazendo a maior riqueza
A nossa língua portuguesa
Se misturou com o tupi, tupinambrasileirou
Mais tarde o canto do negro ecoou
Assim a língua se modificou


Eu vou dos versos de Camões
Às folhas secas caídas de Mangueira
É chama eterna, dom da criação
Que fala ao pulsar do coração


Cantando eu vou
Do Oiapoque ao Chuí ouvir
A minha pátria é minha língua
Idolatrada obra-prima, te faço imortal
Salve... Poetas e compositores
Salve também os escritores
Que enriqueceram a tua história
Ó, meu Brasil
Dos filhos deste solo és mãe gentil
Hoje a herança portuguesa nos conduz
À estação da luz


Vem no vira da Mangueira, vem sambar
Meu idioma tem o dom de transformar
Faz do Palácio do Samba uma casa portuguesa
É uma casa portuguesa com certeza




5 - BEIJA-FLOR (6:30)
 Sambas de Enredo : Áfricas, do Berço Real à Corte Brasileira
 Autores: Claudio Russo, J. Velloso, Carlinhos do Detran e Gilson DR
 Intérprete: Neguinho da Beija-Flor

Olodumarê, o deus maior, o rei senhor
Olorum derrama a sua alteza na Beija-Flor
Oh! Majestade negra, oh! Mãe da liberdade
África: o baobá da vida, ilê ifé
Áfricas: realidade e realeza, axé
Calunga cruzou o mar
Nobreza a desembarcar na Bahia
A fé nagô-yorubá
Um canto pro meu orixá tem magia
Machado de Xangô, cajado de Oxalá
Ogun yê, o onirê, ele é odara


É jeje, é jeje, é querebentã
A luz que vem de Daomé, reino de Dan
Arte e cultura, Casa da Mina
Quanta bravura, negra divina


Zumbi é rei
Jamais se entregou, rei guardião
Palmares hei de ver pulsando em cada coração
Galanga, pó de ouro e a remição, enfim
Maracatu, chegou rainha Ginga
Gamboa, a Pequena África de Obá
Da Pedra do Sal viu despontar a Cidade do Samba
Então dobre o run
Pra Ciata d`Oxum, imortal
Soberana do meu carnaval na princesa nilopolitana
Agoyê, o mundo deve o perdão
A quem sangrou pela história
Áfricas de luta e de glória


Sou quilombola Beija-Flor
Sangue de rei, comunidade
Obatalá anunciou
Já raiou o sol da liberdade




6 - UNIDOS DA TIJUCA (5:30)
Sambas de Enredo : De Lambida em Lambida, a Tijuca dá um Click na Avenida
 Autores: Ivinho do Cavaco, Totonho, Silvão e Jorge Remédio
 Intérprete: Wantuir

Emoldurei a magia da recordação
Com pincel de luz e cores
Eu mudei valores
Aprisionei seu coração
Desperta a musa do artista
Que hoje é sambista
E vem se juntar
A nossa família unida tijucana
E iremos retratar
Os grandes momentos da vida
Com flashes da avenida eternizar


Pára, o mundo pára
O mundo pára pra fantasia
Um click fez o personagem
Dar força à imagem na fotografia


Mas a vida às vezes traz a dor
A falta de amor pelo irmão
O triste em belo o artista consagrou
A lente é pura emoção
Estrelas vão brilhar, o palco é o Borel
Histórias, o glamour
O mundo no papel
Vou delirar com a beleza
Mergulhar no colo da Mãe Natureza
Reluz o show em formas sem fim
O homem e o poder da criação
Diga quem sou, sorria pra mim
No olhar da comunicação


Em preto e branco ganhei a vida
O amarelo em mistério - ilusão
O azul no tom divinal
Nas fotos do carnaval
Sou a Tijuca nesta tela digital




7 - PORTELA (6:38)
 Sambas de Enredo : Os Deuses do Olimpo na Terra do Carnaval - Uma Festa dos Esportes da Saúda e da Beleza
 Autores: Diogo Nogueira, Ciraninho e Celsinho de Andrade
 Intérprete: Gilsinho

O mensageiro do Olimpo anunciou: é carnaval!
Brasil, hoje é a terra dos deuses!
Lindo paraíso tropical!
A majestade do samba
Acende a chama e recebe as nações
Seu manto cobre o Rio de Janeiro
Chegou a hora de unir os corações
Voa, minha águia, leva o meu cantar
Semeando a paz pelas Américas
O show do Pan vai começar


Sou recordista de samba no pé
Exemplo de garra e fé
Medalha de ouro em bateria
Eu sou atleta e canto até raiar o dia


O homem lutou por fronteiras
Por seus interesses, religiões...
Hoje suplanta barreiras
Desfaz preconceitos, juntando nações...
Esporte é vida! É beleza e emoção!
É esperança, amizade e inspiração!
Portela, de azul e branco em aquarela
Supera todos os limites!
Vem levantar sua bandeira!
O samba, de alma verde e amarela
Abençoado pelos deuses
Vem coroar Oswaldo Cruz e Madureira!


Eu sou a raiz do samba!
Saúde e beleza na passarela!
O ninho da águia, celeiro de bambas!
Sou Rio, sou esporte e sou Portela!




8 - IMPÉRIO SERRANO (6:10)
 Sambas de Enredo : Ser Diferente é Normal - O Império Serrano faz a Diferença no Carnaval
 Autores: Arlindo Cruz, Maurição, Aluísio Machado, Carlos Sena e João Bosco
 Intérprete: Nêgo

Eu quero ver...
O amor florescer
Ser diferente é normal
E o Império taí
Pra levantar seu astral
Se liga no meu carnaval


Serrinha vem pedir respeito, ô ô ô
Temos que olhar de outro jeito
Quem nasceu diferente
E venceu preconceito
A gente tem que admirar
Harmonizar pra ser feliz
Diferença social, pra quê?
Tá na cara que a beleza
Está nos olhos de quem vê
Romantismo irradia energia pra viver


Nesse mundo onde tudo é relativo
Minha escola é meu motivo
Meu maior prazer!


A história do samba mudou
Bateria diferente, olha o toque do agogô
No primeiro destaque e na comissão
As novidades verde e branco, meu irmão


(É difícil...)
Conviver na adversidade
Com arte ser eficiente
Fazer da pintura sua liberdade
Fazer esculturas usando a paixão
Feitiço de poeta invade o coração
Divino é o poder da criação
Eu pergunto a você:
Será que existe
Limite entre a loucura e a razão?




9 - IMPERATRIZ (6:37)
 Sambas de Enredo : Teresinha, Uhuhuuu!!!! Vocês Querem Bacalhau?
 Autores: Merrenga, Xande Sobrinho, Lula Inspiração, Bill Amizade e Aliomar
 Intérprete: Preto Jóia

Ó, Teresinha!!!
Que maravilha o Chacrinha imaginou
No fon-fon da sua buzina
Uma geração emocionou
Vocês querem bacalhau?
Vibrava a platéia de emoção
E a saudade tem lugar
No banquete da ilusão


Lá se foi o bacalhau
Pelos mares da paixão (navegou)
Nessa história quando tudo começou


E foi assim, tintim por tintim
De uma explosão a luz
O choque do gelo do norte
Com o fogo ardente do sul
Imir sonhou, suou e surge a vida
E a Noruega amanheceu em flor
Monstros gigantes, raios, vulcões
Viquingues dos mares
Nos ventos da dominação
De Asgard, o reino de Odin
Um arco-íris multicor une essas terras
À imensidão e ao coração da Imperatriz


Quando a água do mar secou
Despertou o paladar, o sabor
E o basco conservou no sal
Essa riqueza que Odin abençoou


Taca fogo nas cinzas, não deixa apagar
Eu vou de samba afrevado no chamego arretado
Pra lá e pra cá
Já rasgou a fantasia, homem da noite, mulher do dia
E o Bacalhau do Batata na bandeja pra massa
Até o dia clarear




10 - MOCIDADE (5:37)
 Sambas de Enredo : O Futuro no Pretérito, uma História feita à Mão
 Autores: Tôco, Rafael Paura e Marquinho Marino
 Intérprete: Bruno Ribas

Divina criação
Do pó da terra ao sopro da vida
"O Grande artesão do universo"
Legou ao homem a inspiração criativa
Ao deixar o paraíso, se fez preciso
Viver pelas próprias mãos
Com o passar do tempo
O mundo em evolução
Escravizado pela sua ambição
Vê o futuro ao simples toque do botão


Amar, viver, sonhar, acreditar
Que a alma é a fonte, energia da vida
Na máquina jamais se encontrará
A inspiração que faz nascer a poesia


Mãos que se entrelaçam
Da natureza, toda forma de expressão
Transborda em cada peça sua imaginação
Tão belas, tão lindas
Uma cultura em cada região
Aplausos às estrelas da folia
O sonho se transforma em alegria
Sou eu, tenho samba no pé, sou sambista
Nas mãos, o talento de artista
Eu me orgulho de ser artesão


Um Brasil feito à mão
Um só coração - liberdade!
Da emoção, eu faço a arte
Em verde e branco, com a Mocidade




11 - SALGUEIRO (6:30)
Sambas de Enredo : Candaces
 Autores: Dudu Botelho, Marcelo Motta, Zé Paulo e Luiz Pilão
 Intérprete: Quinho

Majestosa África
Berço dos meus ancestrais
Reflete no espelho da vida
A saga das negras e seus ideais
Mães feiticeiras, donas do destino...
Senhoras do ventre do mundo
Raiz da criação
Do mito à história
Encanto e beleza
Seduzindo a realeza


Candaces, mulheres guerreiras
Na luta... justiça e liberdade
Rainhas soberanas
Florescendo pra eternidade


Novo mundo, novos tempos
O suor da escravidão
A bravura persistiu
Aportaram em nosso chão
Na Bahia... alforria
Nas feiras... tradição
Mães de santo, mães do samba!
Pedem proteção
E nesse canto de fé
Salgueiro traz o axé
E faz a louvação


Odoyá Iemanjá. Saluba Nanã!
Eparrei Oyá
Orayê yêo, Oxum!
Oba xi, Obá




12 - PORTO DA PEDRA (5:48)
 Sambas de Enredo : Preto e Branco a Cores
 Autores: David Souza, Fábio Costa, Francisco, William dos Anjos e Vagner Fonseca
 Intérprete: Luizinho Andanças

Destino a minha vida
Minha luta pela liberdade
A nove filhas de um só coração
Ao sul do berço da humanidade
O anjo invasor me deu a cor, mas cor não tenho
Eu tenho raça e a cada farsa, a cada horror
O meu empenho, meu braço, meu valor
Se ergueu contra o monstro da cobiça
Caveirão da injustiça, filho da segregação
Liberto permanece o pensamento
Ele foi o meu alento
Quando o corpo foi prisão


O nosso herói, Mandela é
Senhor da fé, clamou o povo
E o tigre encontra no leão
A maior inspiração de um mundo novo


Do gueto, um palco de glória
Corre em meu sangue a história
Num mundo misturado
Matizado com as cores deste chão
Um canto a ser louvado
Ser humano ante a fome e a privação
Museu da favela vermelha
Minha alma se espelha na face do irmão
É hoje, vou cantar
Minha gente, é o lugar que eu sempre quis
Na Avenida, meu irmão vou abraçar
Viver a igualdade e ser feliz


Liberdade pelo amor de Deus
Liberdade a este céu azul
É minha terra, orgulho meu
Porto da Pedra canta a África do Sul




13 - ESTÁCIO (4:21)
 Sambas de Enredo : O Tititi do Sapoti
 Autores: Darcy do Nascimento, Djalma Branco e Dominguinhos do Estácio
 Intérprete: Anderson Paz

Que ti-ti-ti é esse
Que vem da Sapucaí
Tá que tá danado
Tá cheirando a sapoti


Baila no céu a esperança
O cheiro doce e o perfume
Vêm no ar


Olê, olê, olê
Vem de terra mexicana
Mandei buscar pra você


Sacode pra colher
Do pé que eu quero ver
Até o dia amanhecer


D. João achou bom
Depois que o sapoti saboreou
Deu pra Dona Leopoldina
A Corte se empapuçou (e mandou)


E mandou rapidamente
Espalhar no continente
Até o Oriente conheceu


E hoje no quintal da vida, sou criança
Me dá que o sapoti é meu


Isso virou tutti-frutti
Tutti-multinacional
Virou goma de mascar
Roda pra lá e pra cá
Na boca do pessoal




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